O Paraná elegeu o senador Sérgio Moro (União) e  30 deputados federais no dia 2 de outubro. O candidato mais votado para deputado federal foi Deltan Dallagnol (Podemos), com 344.917 votos.

Confira todos os deputados federais eleitos pelo Paraná:

UF

Candidato(a)

Partido/Coligação

Situação

Votos Computados

PR DELTAN DALLAGNOL PODE Eleito por QP

344.917

PR GLEISI PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

261.247

PR FILIPE BARROS PL Eleito por QP

249.507

PR BETO PRETO PSD Eleito por QP

206.898

PR SANDRO ALEX PSD Eleito por QP

168.157

PR FELIPE FRANCISCHINI UNIÃO Eleito por QP

164.342

PR SARGENTO FAHUR PSD Eleito por QP

161.500

PR GIACOBO PL Eleito por QP

152.342

PR DELEGADO MATHEUS LAIOLA UNIÃO Eleito por QP

132.759

PR CAROL DARTORA PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

130.654

PR ZECA DIRCEU PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

123.033

PR TIÃO MEDEIROS PP Eleito por QP

109.344

PR PEDRO LUPION PP Eleito por QP

109.043

PR RICARDO BARROS PP Eleito por QP

107.022

PR SÉRGIO SOUZA MDB Eleito por QP

105.661

PR LUCIANO DUCCI PSB Eleito por média

95.521

PR ENIO VERRI PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

95.172

PR ALIEL MACHADO PV – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por média

94.839

PR TADEU VENERI PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por média

84.758

PR PAULO LITRO PSD Eleito por QP

82.707

PR LEANDRE PSD Eleito por QP

80.359

PR LUÍSA CANZIANI PSD Eleito por média

74.643

PR TONINHO WANDSCHEER PROS Eleito por QP

74.263

PR LUIZ NISHIMORI PSD Eleito por média

73.202

PR GERALDO MENDES UNIÃO Eleito por QP

71.990

PR VERMELHO PL Eleito por média

70.790

PR DIEGO GARCIA REPUBLICANOS Eleito por QP

65.416

PR BETO RICHA PSDB – Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) Eleito por média

64.868

PR DILCEU SPERAFICO PP Eleito por média

61.689

PR PADOVANI UNIÃO Eleito por média

57.185

Já para a Assembleia Estadual,  54 deputados estaduais foram eleitos. O mais votado foi Alexandre Curi (PSD), com 236.926 votos.

Confira todos os deputados estaduais eleitos pelo Paraná:

UF

Candidato(a)

Partido/Coligação

Situação

Votos Computados

PR ALEXANDRE CURI PSD Eleito por QP

237.033

PR MARCIO NUNES PSD Eleito por QP

126.006

PR PROFESSOR LEMOS PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

119.915

PR TRAIANO PSD Eleito por QP

116.810

PR TIAGO AMARAL PSD Eleito por QP

112.731

PR ROMANELLI PSD Eleito por QP

101.175

PR HUSSEIN BAKRI PSD Eleito por QP

97.681

PR REQUIÃO FILHO PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

85.676

PR ARILSON CHIORATO PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

76.788

PR NEY LEPREVOST UNIÃO Eleito por QP

76.592

PR SECRETÁRIA MÁRCIA PSD Eleito por QP

75.659

PR MARCEL MICHELETTO PL Eleito por QP

73.655

PR MABEL CANTO PSDB – Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) Eleito por QP

70.215

PR RICARDO ARRUDA PL Eleito por QP

68.731

PR ARTAGÃO JÚNIOR PSD Eleito por QP

65.195

PR COBRA REPÓRTER PSD Eleito por QP

60.730

PR DELEGADO TITO BARICHELLO UNIÃO Eleito por QP

58.766

PR LUIZ FERNANDO GUERRA UNIÃO Eleito por QP

58.393

PR RENATO FREITAS PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

57.880

PR DELEGADO JACOVOS PL Eleito por QP

57.587

PR PAULO GOMES DA TV PP Eleito por QP

55.302

PR GILSON DE SOUZA PL Eleito por QP

54.976

PR DO CARMO UNIÃO Eleito por QP

53.229

PR MARIA VICTORIA PP Eleito por QP

52.819

PR ALEXANDRE AMARO REPUBLICANOS Eleito por QP

52.198

PR ANA JÚLIA PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

51.845

PR GILBERTO RIBEIRO PL Eleito por média

51.749

PR THIAGO BÜHRER UNIÃO Eleito por QP

50.948

PR ANIBELLI NETO MDB Eleito por QP

49.546

PR BATATINHA MDB Eleito por QP

47.310

PR LUCIANA RAFAGNIN PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por QP

46.823

PR GOURA PDT Eleito por QP

46.227

PR CANTORA MARA LIMA REPUBLICANOS Eleito por QP

46.011

PR CRISTINA SILVESTRI PSDB – Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) Eleito por QP

45.202

PR GUGU BUENO PSD Eleito por QP

44.852

PR MAURO MORAES UNIÃO Eleito por QP

44.126

PR DOUGLAS FABRICIO CIDADANIA – Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) Eleito por média

43.431

PR MARCELO RANGEL PSD Eleito por QP

42.002

PR FLAVIA FRANCISCHINI UNIÃO Eleito por média

41.757

PR MARLI PAULINO SOLIDARIEDADE Eleito por QP

41.263

PR ALISSON WANDSCHEER PROS Eleito por QP

41.052

PR ADAO FERNANDES LITRO PSD Eleito por QP

38.020

PR TERCILIO TURINI PSD Eleito por QP

37.704

PR MARCIO PACHECO REPUBLICANOS Eleito por QP

36.423

PR DR. ANTENOR PT – Federação Brasil da Esperança – FE BRASIL (PT/PC do B/PV) Eleito por média

36.387

PR SOLDADO ADRIANO JOSÉ PP Eleito por QP

36.209

PR EVANDRO ARAUJO PSD Eleito por média

35.432

PR CLOARA PINHEIRO PSD Eleito por média

35.151

PR FABIO OLIVEIRA PODE Eleito por QP

34.640

PR DENIAN COUTO PODE Eleito por média

30.075

PR MATHEUS VERMELHO PP Eleito por QP

29.484

PR SAMUEL DANTAS PROS Eleito por média

29.322

PR CÉSAR MELLO PP Eleito por média

28.481

PR LUIS CORTI PSB Eleito por QP

26.884

O especialista em direito eleitoral Rafael Lage explica que o Artigo 24 da  Constituição Federal estabelece os temas que os estados podem legislar em concorrência com a União. Além disso, cada estado tem a própria constituição, com suas respectivas particularidades que refletem na atuação da Assembleia Legislativa.

“Considerando que cada Assembleia Legislativa do estado tem um número de eleitos, geralmente eles estão espalhados por diversas regiões de cada estado. Então, geralmente em todas as regiões, presume-se que estão devidamente representadas. E aí esses eleitos vão basicamente levar as demandas das determinadas regiões dos seus respectivos estados para a casa legislativa e fazer essa aproximação com o próprio poder executivo estadual e tentar propor melhorias para suas respectivas regiões.”

A consultora legislativa e chefe da Unidade de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Olávia Bonfim, comenta as funções do poder legislativo: “É um poder no qual conseguimos observar com bastante clareza a democracia acontecer. Isso porque os deputados eleitos representam os variados segmentos da sociedade, e eles atuam de modo a promover as principais funções do poder legislativo, que são principalmente legislar e fiscalizar, e na função de fiscalizar se faz um verdadeiro controle do poder Executivo”.

O que fazem deputados federais e senadores

O deputado federal tem como principais responsabilidades legislar e fiscalizar. Ele pode propor novas leis, mas também sugerir mudanças ou o fim de normas que já existem, incluindo a própria Constituição Federal.

Cabe a esses parlamentares analisar qualquer projeto de lei proposto pelo Executivo. Eles também discutem e votam as medidas provisórias (MPs) editadas pelo governo federal. Vale lembrar que nem todas as propostas são votadas no Plenário, ou seja, por todos os 513 parlamentares. Algumas pautas são decididas nas comissões temáticas da Câmara dos Deputados.

Os deputados federais também devem controlar os atos do presidente da República e fiscalizar as ações do Executivo. Segundo a Constituição, a Câmara tem poder para autorizar a instauração de processo de impeachment contra o presidente e o vice-presidente, embora o julgamento seja papel do Senado. Eles também podem convocar ministros de Estado para prestar informações e julgar as concessões de emissoras de rádio e televisão, bem como a renovação desses contratos.

Pode-se dizer que os deputados estaduais têm as mesmas prerrogativas que os deputados federais. Ou seja, têm a missão de legislar e fiscalizar, mas enquanto um o faz isso no nível federal, na Câmara dos Deputados, o outro atua na Assembleia Legislativa, em nível estadual.

Assim como os deputados federais, os senadores têm as atribuições de legislar e fiscalizar. Mas como o Senado é considerado a Câmara Alta do Poder Legislativo Federal, isso confere aos parlamentares da Casa alguns papéis exclusivos.

A primeira distinção se dá em relação ao tempo de mandato. Enquanto os deputados têm quatro anos no cargo, os senadores permanecem por oito anos. Além disso, o Senado representa o DF e os estados da federação, enquanto a Câmara representa o povo. É por isso que, diferentemente da Câmara, o Senado tem o mesmo número de parlamentares por estado, qualquer que seja o tamanho da população da unidade federativa.

Quando o assunto é impeachment, cabe aos senadores julgar se o Presidente da República cometeu crime de responsabilidade. O mesmo vale para processos contra ministros de Estado. No caso de acusações envolvendo comandantes das Forças Armadas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República (PGR), os processos são de responsabilidade exclusiva do Senado, desde o início. Os senadores também decidem se aprovam os nomes indicados pelo Executivo ao STF, à PGR e ao Banco Central.

Orçamento

Cabe aos deputados federais e aos senadores discutir e votar o orçamento da União. É a Comissão Mista de Orçamento (CMO), composta por parlamentares das duas casas legislativas, que analisa e vota a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Cesar Lima, especialista em orçamento público, explica que todos os parlamentares podem apresentar emendas individuais. É por meio delas que eles podem alterar o orçamento, destinando recursos para a realização de obras específicas em seus estados e municípios. Isso é uma forma de atender os interesses e necessidades de seus eleitores.

Além das emendas individuais, existem as emendas de bancadas estaduais, explica Cesar. “As bancadas estaduais são formadas pelos parlamentares eleitos por cada estado, todos juntos. Eles podem apresentar cerca de R$ 260 milhões em emendas.  Só que ao contrário das emendas individuais, que podem ser para qualquer tipo de obra, as emendas de bancada têm que ter um caráter estruturante, ou seja, obras de maior porte, e só podem ser utilizadas dentro daquele estado que está indicando”, detalha.

Os parlamentares também devem fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Para isso, contam com a parceria do Tribunal de Contas da União, o TCU. “A Comissão Mista de Orçamento pode realizar diligências com os seus membros para fazer esse tipo de fiscalização, mas geralmente se utiliza o TCU, que já tem toda uma estrutura voltada para essa fiscalização, não só da correta aplicação dos recursos dentro das normas mas também sobre a efetividade das políticas públicas”, afirma Cesar.

Papel do eleitor

A atuação dos eleitores continua depois da escolha feita na cabine de votação. É preciso acompanhar o trabalho dos representantes escolhidos para aprovar as leis que regem o cotidiano da população brasileira.

O especialista em direito eleitoral, Alberto Rollo, destaca que além de eleger, é fundamental fiscalizar os trabalhos dos candidatos eleitos. “Porque se aquela pessoa que foi eleita cumprir o seu papel, cumprir os seus compromissos, vai merecer novamente o voto do eleitor. Se a pessoa que foi eleita não cumpriu nada, não fez nada do que prometeu, então não vai merecer de novo o voto, e a gente vai dar espaço, lugar para outra pessoa”, observa.

No Congresso Nacional, 23 homens e quatro mulheres vão assumir funções no Senado a partir de 1º de fevereiro de 2023, para um mandato de oito anos. Cada um dos 26 estados e o DF elegeram uma pessoa como representante.

A Câmara dos Deputados, com 513 eleitos para os próximos quatro anos de legislatura, será composta por 422 homens e 91 mulheres. O número de representantes por estados e DF é proporcional à população de cada unidade federativa, a partir dos dados mais recentes do IBGE.

Nova configuração do Congresso Nacional

Das 81 cadeiras do Senado, o PL terá a maior bancada. A legenda do Presidente da República, Jair Bolsonaro, vai ocupar 15 vagas. São seis vagas a mais que antes do primeiro turno das eleições. Os senadores Marcos Rogério e Jorginho Mello, que compõem a bancada do PL, disputam o segundo turno para o governo de seus estados, Rondônia e Santa Catarina, respectivamente. Se ambos forem eleitos governadores, o partido de Bolsonaro será representado por 13 senadores.

O PSD, partido do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, terá a segunda maior bancada, com 11 senadores. A legenda perdeu uma vaga em relação ao cenário pré-eleições. A terceira maior bancada, por enquanto, pertence ao União Brasil. O partido terá dez senadores, quatro a mais do que tinha. A sigla, criada após fusão do DEM com o PSL, pode perder Rodrigo Cunha, candidato ao governo de Alagoas. Se ele vencer, a legenda ficará com nove cadeiras.

Antes dono da maior bancada no Senado, o MDB perdeu três vagas e deve começar a próxima legislatura com nove senadores. Mesmo número do PT, que viu a bancada aumentar de sete para nove parlamentares. O partido, no entanto, aguarda o resultado do segundo turno das eleições em Sergipe, pois se Rogério Carvalho se eleger governador, a legenda terá oito representantes na Casa.

Podemos e PP dividem o posto de sexta maior bancada, cada uma com seis senadores. PSDB, com quatro, Republicanos e PDT, com três, completam a lista das siglas que terão mais de um senador em 2023. Já PROS, PSB, PSC, Cidadania e Rede serão representados por apenas um senador.

Vale lembrar que PSB, PSDB, MDB e PSD também estão de olho no segundo turno das eleições para governador. Isso porque cada um desses partidos têm um suplente que vai assumir uma cadeira no Senado, caso os parlamentares envolvidos nas disputas pelos governos estaduais vençam os pleitos.

Fonte: Brasil 61