Dias depois de Yahya Sinwar, líder do Hamas em Gaza, incitar ataques em um vídeo onde diz “quem não tem uma arma deve preparar seu cutelo, machado ou faca”, ontem, quinta-feira (5), Dia da Independência de Israel, houve um atentado com três pessoas assassinadas por terroristas armados com uma arma de fogo e um machado. As três vítimas eram homens na casa dos 40 anos, sendo que dois deles tinham famílias com cinco filhos e o outro, com seis filhos.

Entre as quatro vítimas que sobreviveram, duas delas, uma de 60 e outra de 35 anos, foram gravemente feridas e transportadas para hospitais locais e precisaram ser sedadas e entubadas. Outro homem de 40 anos foi ferido moderadamente e transportado para Beilinson, e um homem de 23 anos, que lutou com os terroristas, foi levado para o hospital com ferimentos leves. A polícia está à procura de dois suspeitos que teriam realizado o atentado.

O ataque aconteceu na cidade israelense de Elad, perto de Petah Tikva, em meio às celebrações do 74º aniversário da fundação de Israel, data que conta muitas famílias se reunindo ao ar livre para comemorar. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, se pronunciou sobre o ataque, dizendo: “nós não vamos sucumbir ao terrorismo. Os terroristas não podem nos assustar. As forças de segurança vão pegar os assassinos e aqueles que os enviaram e responsabilizá-los. Continuaremos lutando juntos por nossa independência e pela segurança dos cidadãos de Israel”.

Israel vive uma onda de atentados que tem se estendido pelo menos desde o último mês de Abril, no qual houve um atentado em Tel Aviv que causou duas mortes de civis, e também uma série de distúrbios na Esplanada das Mesquitas/Monte do Templo, em Jerusalém. André Lajst, cientista político e presidente executivo da  StandWithUs Brasil afirma que essa crise de ataques é a pior dos últimos 20 anos, e a maior preocupação, além do envolvimento de civis inocentes, é com o fortalecimento do grupo terrorista Hamas na região. “O Hamas celebrou os últimos ataques perpetrados em Israel, e o grupo tem total interesse em criar um ambiente de caos na Cisjordânia. Ele ganha popularidade em dose dupla: enfraquece a Autoridade Palestina e se coloca como vitorioso contra Israel”, explica o especialista.