Os últimos oito anos foram potencialmente os mais quentes já registrados; situação deveu-se a concentrações cada vez maiores de gases de efeito estufa na atmosfera, aponta levantamento.

As Nações Unidas lançaram neste domingo o Estado do Clima Global de 2022. O relatório provisório confirma o aumento ao dobro da taxa de subida do nível do mar desde 1993, atingido um novo recorde. O levantamento apontando ainda o derretimento de geleiras sem precedentes nos Alpes europeus. O estudo foi divulgado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP27, no Egito. Segundo o estudo, o dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, os três principais gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global, estão em níveis históricos. Grande parte da Europa registrou episódios de calor extremo. O Reino Unido atingiu a marca inédita de 40°C em 19 de julho. A situação foi acompanhada por uma seca e incêndios florestais persistentes e danosos. A ONU destacou que contínuos choques climáticos e condições climáticas extremas não se podem evitar, mas desafiou a COP27 a lançar um plano de ação para alcançar alertas precoces nos próximos cinco anos. A OMS alerta que as mudanças climáticas devem causar mais aproximadamente 250 mil mortes por ano no período entre 2030 e 2050. As doenças responsáveis são desnutrição, malária, diarreia e estresse por calor.  A alta em custos diretos para a saúde chegará a US$ 4 bilhões por ano até o final desta década.