Nesta terça-feira (28), o Hamas publicou um vídeo mostrando Hisham al-Sayed, um árabe-israelense mantido em cativeiro pelo grupo terrorista há sete anos, em condições precárias de saúde. Nas imagens, o refém é visto conectado a uma máscara de oxigênio, indicando que seu estado está se deteriorando. Al-Sayed sofre de doença mental, segundo sua família, e atravessou a Faixa de Gaza em 2015, tendo sido apreendido pelo Hamas na ocasião.

É a primeira imagem do prisioneiro vista em anos. Apesar de a filmagem não ter data, parece ter sido recente, pois uma conferência transmitida no canal árabe da Al Jazeera e que pode ser vista atrás do israelense nas imagens ocorreu em 21 de junho.

O vídeo também mostra a carteira de identidade israelense de al-Sayed. Em um comunicado, o Hamas rotulou falsamente al-Sayed, bem como um segundo prisioneiro israelense apreendido na mesma época, chamado Avera Mengistu, de soldados.

O gabinete do primeiro-ministro Naftali Bennett chamou a decisão do Hamas de divulgar as imagens de “um ato desesperado e odioso”, e reforçou em comunicado que “Hisham al-Sayed não é um soldado, mas um cidadão israelense mentalmente doente que cruzou a fronteira para a Faixa de Gaza”. O ministro das Relações Exteriores, Yair Lapid, considerou a filmagem como a prova de que o Hamas é “uma organização terrorista desprezível”.

O grupo terrorista atualmente mantém dois israelenses vivos como reféns – Mengistu e al-Sayed – e acredita-se que mantenha os corpos de dois soldados israelenses: Oron Shaul e Hadar Goldin. Israel tem trabalhado há anos para tentar realizar um acordo de troca de prisioneiros com o grupo terrorista, tendo como o principal intermediário a inteligência egípcia, que mantém laços estreitos tanto com Israel quanto com o Hamas, mas ainda não houve sucesso.

A emissora pública Kan informou na noite de terça-feira que Israel estava considerando recorrer a outros mediadores para renovar as negociações paralisadas. O escritório de Bennett culpou o Hamas por “bloquear todas as chances” de um acordo de troca de prisioneiros.