Nesta segunda-feira (24/10), o Paraná se tornou o quarto estado do país a superar a marca de 1 gigawatt (GW) de capacidade em geração própria de energia elétrica, também chamada de Geração Distribuída (GD). A região se junta a Minas Gerais, atualmente com 2,2 GW, São Paulo, com 1,8 GW, e Rio Grande do Sul, com 1,5 GW.

Os sistemas de geração própria de energia estão presentes em todos os 399 municípios paranaenses, sendo Foz do Iguaçu a cidade com maior volume de potência instalada (52,4 MW), seguida por Maringá (50,2 MW) e Londrina (41,5 MW). Em cerca de um ano e meio a região dobrou sua capacidade de geração própria de energia, passando de 500 MW em março de 2021 para 1 GW nesta data.

“2022 é o ano da geração própria de energia no Brasil, como já era previsto, pois presenciamos uma aceleração sem precedentes nesse segmento. O estado do Paraná se consolidou entre as regiões que mais crescem nesse segmento e ultrapassa agora essa importante marca de 1 GW de capacidade. Sem dúvidas, o Paraná pode ser considerado uma das potências brasileiras em GD”, avalia Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

A energia solar é a mais utilizada pelos prossumidores paranaenses (produtores e consumidores de energia), com 98,3%. Mini e micro termelétricas (UTE) estão em segundo lugar (0,9%), seguidas de Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH (0,7%). “Nos próximos anos, ampliar a diversificação das fontes empregadas em geração distribuída será um dos desafios do setor. Precisamos aproveitar melhor as possibilidades em biomassa e resíduos sólidos urbanos”, afirma Chrispim.

No Paraná, a classe de consumo residencial é a predominante, respondendo por 422 MW; logo atrás vem as conexões de estabelecimentos comerciais, com 262 MW. Destaque também para as áreas rural e industrial, com 238 MW e 86 MW, respectivamente.