Neste Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre o suicídio, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulga o número de casos registrados no Brasil e as iniciativas que podem auxiliar na prevenção ao suicídio e a automutilação.

Os dados do Boletim Epidemiológico 33, da Secretaria de Vigilância em Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde (MS), mostram que entre os anos de 2010 e 2019, o Brasil registrou 112.230 mortes por suicídio, um aumento de 43% no número anual, de 9.454 em 2010, para 13.523 em 2019. Ainda segundo o levantamento do MS, houve aumento nas taxas de mortalidade de adolescentes, que sofreram um incremento de 81% no período, passando de 606 óbitos e taxa de 3,5 mortes por 100 mil habitantes, para 1.022 óbitos e taxa de 6,4 suicídios para cada 100 mil adolescentes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas. Também segundo a OMS, as taxas mundiais de suicídio estão diminuindo, mas na região das Américas os números vêm crescendo. Entre 2000 e 2019, a taxa global diminuiu 36%. No mesmo período, nas Américas, as taxas aumentaram 17%. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio aparece como a quarta causa de morte mais recorrente, atrás de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

Nesse contexto, a titular da Secretaria Nacional da Família (SNF/MMFDH), Angela Gandra, reforça que o envolvimento familiar pode ser decisivo na prevenção ao suicídio. “Quando são observados os primeiros sinais dos pensamentos suicidas, a primeira alternativa é a conversa. A aproximação pacífica e sem cobranças é necessária para que a confiança seja estabelecida. O acolhimento familiar e a empatia são atitudes determinantes nessas circunstâncias”, afirma a gestora.